
Hoje senti que o mundo desabou, senti que todas as caíram em cima de mim, e não foi conforto o que senti, ao contrário do que pensava as nuvens não são macias são pesadas e ardem quando caem nas costas, as coisas são assim, acontecem ao contrário do que a gente imagina, e só quando acontece que agente se dá conta da dimensão que eles tem. Nesse dia, as lágrimas foram presentes, o pensamento e a vontade de chorar não se ausentaram nem um minuto, nem na hora de pensar no sonho. Toda essa tristeza se deu por motivos que não quero citar nem lembrar por que doem, doem como nunca doeram, que doem como quando se perde alguém, de repente caiu a ficha de que nada será como antes, irei para uma terra de estranhos para nunca mais voltar, no papel, ficaram as lágrimas na linha de cima. É difícil lembrar e aceitar isso, se fosse a dois meses seria diferente pois o amor existia entre nós, mas não quero voltar a falar disso.
O assunto aqui são as nuvens caindo do céu como uma metralhadora na mão de um soldado que mira em mim. E ele é um bom soldado pois acertou em cheio minha alma que jorrou sangue sem dó, e isso aconteceu quando estava andando na rua, veio aquela ardência mas segurei o choro e voltei a anda como se nada tivesse acontecido. Nessa hora, pelo menos, senti falta de um anjo feliz do meu lado, um anjo, como Paulo Coelho conta em seus romances.
Hoje dia foi triste, porém é preciso que dias assim existam. Nesse dia, mas do que tudo, uma pergunta na minha cabeça, uma unica pergunta: "O que será daqui pra frente?" Isso só o tempo (esses deus mais lindo) irá dizes e mostrar.
29310
O dia em que as nuvens caíram sobre mim, senti falta de um anjo e minha salvação foi um lápis e um papel